Dólar recua com negociações e inflação dos EUA em foco; Ibovespa sobe

(FOTO ILUSTRATIVA: Reprodução/Envato Elements
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Investidores também aguardam dados de inflação dos Estados Unidos e comentários do ministro da Fazenda

dólar à vista recuava ante o real nesta quarta-feira (11), na esteira das perdas da moeda norte-americana no exterior, depois que dados de inflação melhores do que o esperado nos Estados Unidos elevaram as apostas de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, com as negociações entre EUA e China também no radar.

Às 11h04, o dólar à vista caía 0,72%, a R$ 5,5338 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,27%, a 136.797,94

Na terça-feira (10), o dólar à vista fechou em alta de 0,11%, a R$ 5,5689.

Cenário externo

O governo dos EUA informou mais cedo que seu índice de preços ao consumidor teve alta de 0,1% em maio em relação ao mês anterior, ante ganho de 0,2% em abril. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o dado do mês ado repetisse a alta anterior.

Em 12 meses, a inflação ao consumidor chegou a 2,4%, um pouco acima dos 2,3% de abril, mas abaixo da projeção de 2,5%. No núcleo do índice, os números também foram melhores do que o esperado tanto na base mensal quanto no acumulado do último ano.

Conforme noticiado pela CNN Brasil, o resultado reforçou as apostas de operadores de que o Fed retomará os cortes de juros a partir de setembro, consolidando ainda a previsão de uma segunda redução na taxa até o fim do ano. Também houve alívio nos temores sobre o impacto das tarifas do presidente Donald Trump nos preços.

Juros mais baixos dos EUA implicam menores rendimentos nos Treasuries, o que torna o dólar menos atrativo ante os seus pares e favorece outras moedas mais arriscadas.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,23%, a 98,732.

Investidores ainda repercutiam acordo anunciado na noite de terça, em Londres, por autoridades norte-americanas e chinesas para aliviar as tensões comerciais recentes, flexibilizando controles de exportação e retomando uma trégua tarifária alcançada no mês ado.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse na véspera que o acordo alcançado em Londres removerá restrições sobre as exportações chinesas de minerais e imãs de terras raras e algumas das recentes restrições de exportação dos EUA “de forma equilibrada”, mas não forneceu detalhes.

Trump afirmou nesta quarta que o acordo dos EUA com a China está concluído, com Pequim fornecendo imãs e minerais de terras raras enquanto os EUA permitirão estudantes chineses em suas faculdades e universidades.

Cenário no Brasil

Na cena doméstica, o foco estará em torno da participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência pública na Câmara dos Deputados, a partir das 10h.

O mercado nacional demonstra cautela em relação às medidas anunciadas pelo governo no fim de semana para compensar a “recalibragem” do decreto que aumentos as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No domingo (8), Haddad anunciou propostas que incluem a taxação de títulos hoje isentos e maiores cobranças sobre apostas esportivas e instituições financeiras. Ele ainda confirmou uma alíquota única de 17,5% sobre aplicações financeiras e previu aumentar tributação de Juros sobre Capital Próprio (J) de 15% para 20%.

Os agentes aguardam o avanço das medidas dentro do governo e o envio oficial para o Congresso.

“O que está pegando no mercado ainda é a questão do IOF. Temos que ficar atentos ao que o Haddad vai falar na Câmara”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

*Com informações da Reuters

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